10 Dicas Estratégicas Para Sair das Dívidas e Começar a Poupar

1. Não deixe o desânimo te paralisar


Só porque você ainda não é capaz de enxergar uma saída para a situação na qual está não quer dizer que não existe uma saída. É preciso lembrar que não é possível chegar em uma situação diferente fazendo o mesmo que você fazia antes. Seguir em frente com uma nova estratégia é essencial.

Em determinado ponto do filme de sobrevivência No Limite, um dos personagens diz:

Sabe, uma vez eu li um interessante livro que dizia que a maioria das pessoas que se perdem na floresta morrem de vergonha. (…) “O que eu fiz errado? Como pude me colocar nessa situação?” E então elas simplesmente sentam lá e… morrem. Pois elas não fizeram a única coisa que poderia salvar suas vidas: pensar.

2. Anotar e organizar

Antes de mais nada, é preciso ter uma visão clara da gravidade da situação. Levantar as dívidas, os gastos fixos e sua renda mensal vai te ajudar a estabelecer a estratégia e identificar o que pode ser alterado na sua vida financeira.

Isso pode ser feito em uma planilha ou com ajuda de outras ferramentas, como apps de organização e controle financeiro (exemplos: Mobills, Organizze e GuiaBolso).

Mas mesmo sem objetivos ou estratégias claras é possível começar a economizar e enxergar as possibilidades abertas pelo dinheiro que não está escoando pelo ralo. Isso é válido mesmo pra quem não está afogado em dívidas, pois é importante sempre ter um vida financeira saudável e uma grana na reserva para casos de emergência. Sempre tenha um plano B!

3. Comece!

Esse é o passo mais difícil, pois exige que você saia da inércia e altere hábitos e modelos mentais. Não espere acertar de primeira e saiba que o caminho para a mudança não é uma linha reta. Mais importante do que adotar exatamente o comportamento que você planejou é ir mudando seu comportamento gradualmente até atingir uma situação diferente e sustentável.

Mudanças grandes e repentinas têm mais probabilidades de darem errado e serem abandonadas. Portanto, comece pequeno e vá incrementando as alterações em sua vida financeira.

4. Foco no objetivo

Uma vez que você começou com mudanças pequenas e graduais, pode ser difícil enxergar resultados. Mas as mudanças de verdade não acontecem de um dia para outro, e podem levar meses para que os resultados sejam visíveis. O importante é lembrar, durante cada pequena decisão tomada no dia-a-dia, do objetivo que você está tentando alcançar. Veja cada pequena decisão como um bloco de um castelo que você está construindo.

Isso não quer dizer que você vai eliminar 100% de gastos supérfluos, pois você também precisa gerenciar o seu bem-estar e a sua qualidade de vida. Ficar paranoico com gastos o tempo inteiro pode aumentar a ansiedade e, ironicamente, causar ainda mais gastos, seja por impulso ou por necessidades médicas.

5. Utilize a matemática a seu favor

Os bancos e outras instituições financeiras utilizam a matemática a favor deles, e você pode fazer o mesmo. Não conte com a sorte e nem vá no “achômetro”: faça as contas. Se não tiver facilidade com contas e números, peça a ajuda de alguém que tenha.

É importante ter um conhecimento no mínimo intuitivo sobre certos assuntos. Minha sugestão é começar com esses três ótimos vídeos do canal Brasil Escola (pode assistir pausando e fazendo anotações):

O seguinte texto também pode trazer algumas ideias interessantes: A importância da matemática aplicada a negócios.

6. Leve em conta sua família e pessoas próximas

Sua vida financeira não está isolada da vida financeira de amigos e familiares. Ajude-os a entender os motivos pelos quais você está tomando suas decisões e os problemas que você está tentando evitar. Se possível, convide-os para participar das mudanças que você está fazendo na sua vida.

Também é importante escutá-los, pois talvez você também terá que gerenciar a ansiedade e a impulsividade deles. O que você não pode fazer é tentar controlar seus comportamentos, pois o único comportamento que você realmente pode controlar é o seu próprio. O único controle possível é o autocontrole.

7. Pense “fora da caixa”

Análise outros aspectos da sua vida que podem influenciar na sua situação financeira. O que você pode eliminar? O que te ajuda e o que te prejudica psicologicamente? Em outras palavras, aprenda a desenvolver o seu pensamento lateral, que pode ser definido como:

Uma perspectiva que permite nos movermos para todos os lados e não apenas em linha reta, que nos deixa ser provocativos e entrar por caminhos menos evidentes, estimulando a nossa mente e aprendendo no mesmo processo.

Por exemplo, manter a saúde em dia também é importante para a sua vida financeira. Nesse sentido, um dos principais vilões é a anemia, condição que pode causar fadiga generalizada, dificuldade de concentração e aprendizado, taquicardia, tontura, dor de cabeça, falta de ar e mãos e pés frios. Esses sete alimentos para o combate da anemia também ajudam a fortalecer o sistema imunológico e a melhorar o bem-estar geral.

8. Escolha a plataforma mais adequada para o momento

Uma vez que tenha quitado as dívidas e já pode começar a investir, um dos primeiros passos é identificar o seu perfil de investidor. Depois disso, você pode começar a investir no banco onde já possui uma conta corrente, por exemplo. Porém, os bancos possuem altíssimas taxas de administração e produtos de retorno questionável (como a poupança, um dos piores investimentos da atualidade). Mas o mercado possui várias outras opções, como os seguintes apps de investimento:

Analise e escolha o que fizer mais sentido para você.

Além disso, não caia em armadilhas, como esquemas de pirâmide e outros tipos de fraudes. Evite gurus (coaches, influencers, etc.) com fórmulas mágicas ou que dizem conhecer algum “segredo” para ter retornos altíssimos. Suspeite de qualquer oportunidade que pareça boa demais para ser verdade.

9. Comprometa-se com a estratégia

Uma vez que você estabeleça a sua estratégia de investimento, só a mude se ela se mostrar muito ruim ou depois do objetivo ter sido alcançado. Trocar de investimento toda vez que algo aparentemente melhor aparecer é uma receita certa para perder dinheiro. Por exemplo, em investimentos de longo prazo é comum haver quedas periódicas de rentabilidade, mas com o passar do tempo essas perdas são compensadas por ganhos mais significativos do que aqueles obtidos em investimentos de curto prazo.

Além disso, é interessante estabelecer uma estratégia mensal de investimento. Exemplos:

  • Investir mensalmente um valor fixo (por exemplo, R$100,00).
  • Investir mensalmente uma porcentagem fixa do seu rendimento (por exemplo, 5% do seu salário).
  • Investir mensalmente uma porcentagem fixa do excedente do seu rendimento (por exemplo, 50% do que sobrar depois de pagar as contas).

Portanto, faça as contas, pesquise e estabeleça a sua estratégia. Como pesquisa, recomendo mais esses vídeos e artigos sobre o tema:

10. Leve em conta as coisas da vida

Mas nem sempre as coisas saem como nós planejamos. É preciso ter resiliência e jogo de cintura para lidar com as dificuldades e não perder o ânimo.

No filme Perdido em Marte, um astronauta é abandonado no planeta vermelho depois que uma missão tripulada tem que lidar com uma emergência. Sozinho em um ambiente completamente inóspito, ele conta apenas com a própria resiliência e, posteriormente, relata como sobreviveu:

Em algum momento, vai dar tudo errado para você… vai dar tudo errado e você vai dizer: “é isso, esse é o meu fim.” Porém, você pode ou aceitar isso, ou começar a trabalhar. É simples assim. Você simplesmente começa. Você faz as contas. Você resolve um problema… e então você resolve o próximo… e depois o próximo. E se você resolver problemas o suficiente, você consegue voltar pra casa.